GARIBALDI VÊ POSSIBILIDADE DE COLIGAÇÃO COM O DEM.
"Em Natal nós não temos nada acertado porque já dispomos de um pré-candidato, a não ser que tivesse o apoio do DEM para apoiar Hermano", assinalou Garibaldi, que continuou: "somente aí poderíamos pensar em uma aliança. Agora pensar o contrário seria retirar o nome de Hermano em função de outro nome apoiado pelo democratas e isso não se vislumbra no PMDB", completou.
Garibaldi Alves disse achar possível uma aliança entre peemedebistas e democratas ainda no primeiro turno da eleição. "O contexto que nos interessa é que democratas e peemedebistas caminharam juntos nas eleições gerais. Na municipal, nós temos a abertura para caminhar, agora há da parte do PMDB um compromisso com o lançamento de uma candidatura, o que eu reconheço que não leva entendimento fácil", emendou ele. O PMDB vai buscar apoio do DEM, ainda assim.
O ministro da Previdência lembrou que quando do lançamento da pré-candidatura de Hermano fez uma brincadeira coma governadora Rosalba Ciarlini que continha essencialmente o interesse no apoio do partido da chefe do Executivo ao representante do PMDB. Ele observou que a democrata não estava preparada para o "gracejo" naquele momento e não chegou a sinalizar qualquer posicionamento. "PMDB e DEM não conversaram nem objetivamente e nem formalmente até em face dessas peculiaridades". Já em Mossoró, a ideia já consolidada no âmbito peemedebista é o apoio ao nome escolhido pela governadora do DEM. Em troca, a legenda do ministro Garibaldi Alves quer a indicação do candidato a vice na chapa.
"Não chegou para nós recomendação ou sugestão [do diretório nacional] no sentido de alianças. Mas admito plenamente que há uma tendência para haver aliança com o DEM e que no Rio Grande do Norte sequer há necessidade desse tipo de recomendação devido à aproximação já consolidada", enfatizou ele. O ministro afirmou que está animado com a candidatura de Hermano Morais, mas admitiu que o peemedebista tem um longo caminho para percorrer e chegar ao patamar do candidato que lidera as intenções de votos, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). "A rejeição dele é baixa e isso nos anima", declarou o senador licenciado.
Oposição tem dificuldade na articulação
Não é somente a base aliada da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) que passa por dificuldades para formalizar alianças que contemplem o grupo inteiro de partidos parceiros. Em Mossoró, segundo colégio eleitoral do Estado, o PSB da pré-candidata Larissa Rosado insiste em convencer o PT e formar uma aliança já no primeiro turno da campanha. A tática agora se volta ao discurso de manter a base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT) unida em Mossoró, mas o principal obstáculo está exatamente no pré-candidato petista, o reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), professor Josivan Barbosa de Menezes.
Ele afirma categoricamente que não concorda com a estratégia peessebista porque esta beneficia somente a candidata da legenda, que em Mossoró é liderada pela deputada Sandra Rosado (PSB).
"A base aliada nunca discutiu quem seria o candidato. A família (com relação à Sandra Rosado) já saiu da eleição passada sabendo quem seria o candidato em 2012. Como agora pensa em discutir com a base aliada?", questionou Josivan Barbosa, acrescentando: "os partidos aliados são no plano nacional. Aqui a coisa é diferente".
José Agripino defende entendimento
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o senador José Agripino Maia defendeu que o grupo que compõe o arco de alianças em torno da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no Rio Grande do Norte se apresente com candidaturas únicas em Natal e Mossoró, na eleição deste ano. O senador incluiu ao leque de aliados o PSDB, o PMDB e legendas próximas politicamente aos democratas. O nome que poderia representar os governistas, no entanto, não foi externado pelo senador. "Quem senta à mesa para dialogar e buscar parcerias não pode chegar com um nome pronto", afirmou ele, ao ser indagado se o deputado federal Rogério Marinho, pré-candidato tucano (a sigla mais próxima dos democratas) já sai em vantagem.
Agripino não deixou pistas sobre a possibilidade ou não da legenda que comanda apresentar um candidato próprio em Natal ou Mossoró, mas no que concerne à capital deixou claro que "o partido pode ter uma candidatura própria e pode não ter". O tema, assegurou o senador, somente se definirá em meados de abril ou maio.
Fonte: Tribuna do
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